As "inundações" - Movimento dos Focolares[1]
Conceito
Dentre os diálogos [2] que o movimento dos Focolares promove, um
deles é com a cultura contemporânea realizado com diferentes áreas do
conhecimento e da experiencia de vida humana por parte do movimento dos
Focolares, que foi inspirado por Chiara Lubich, onde a cultura tem o
significado amplo de tudo que é a reflexão sobre o fazer e pensar humano, sua
história e suas perspectivas de futuro. Um diálogo não é um fim em si, mas que
quer compartilhar com homens e instituições do nosso tempo os valores em que
acreditamos e que vivemos.
Para que isso seja possível, é necessário compreender e interpretar as
expectativas e desafios da sociedade moderna.
Desde o início de sua experiência, Chiara Lubich intuíu que o carisma por
ela recebido era uma resposta a este período histórico: em sua universalidade e
profecia, poderia influenciar e reabilitar as diversas realidades humanas,
incluindo a cultura nas suas diferentes expressões e disciplinas.
Desde 1950, Chiara viu que a Obra que dela estava surgindo, teria três fases
de desenvolvimento, com fantasia marcada com o nome de três cidades: Assis,
Paris, Hollywood. Assis, a cidade de carisma, iluminação; Paris, a cidade de
estudo, pesquisa e da elaboração cultural; Hollywood, o símbolo do evento e o
anúncio.
Mas é somente nosa anos 90, com o nascimento da Escola Abba (um restrito
grupo de especialistas em diversas disciplinas que reflete sobre as primeiras intuições
do carisma de Chiara), que esta potência dialógica desabrocha, se articula e
começa a criar um pensamento. Assim nasceu, no movimento dos Focolares, o
“quinto diálogo”, também conhecido como “Inundações”, termo inspirado por uma
analogia de João Crisóstomo que fala da sabedoria cristã como um rio que transborda
lentamente inundando beneficamente as coisas humanas.
O dia 7 de maio de 1998 é considerado a data do nascimento oficial desta
realidade, porque nesse dia, Chiara, durante uma viagem à Argentina e ao
Brasil, escreveu uma carta a Movimento espalhadono mundo todo. Especifica que
as duas realidades sociais nascidas até então, Economia de Comunhão (1991) e o Movimento
Político pela Unidade (1996) eram ações sociais e políticas, das quais estava
nascendo uma nova cultura, capaz (uma vez formulada e consolidada) de diálogar
com a sociedade contemporânea, e às quais seriam seguidas por outras áereas
espontâneamente, nascidas dos vários mundos profissionais.
Esta profecia se realizou em breve tempo. Em 1999 nasceu da Arte e em 2000 a da Comunicação e, em seguida, aquela
da Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Medicina, Direito, Ecologia, arquitetura
e Esportes... Até agora são doze.
Com que ferramentas se trabalha? As usadas normalmente: congressos,
seminários, reuniões, trocas de experiências profissionais... Porem, com duas
inovações: em primeiro lugar a procura da consonância dos valores que o património
cultural de várias disciplinas tem acumulado ao longo dos séculos, talvez
esquecido e sufocado por séculos por intelectualismos, mas dos quais, a
sociedade de hoje tem muita sede.
Em seguida, sobre o significado do termo "cultura" que é
normalmente entendido em uma interpretação redutiva de investigação
especializada e estudo, muitas vezes longe da realidade concreta dos homens e
mulheres de hoje, o significado original e primário desta palavra, de acordo
com os dicionários de maior autoridade, é o projeto "existencial". Portanto,
não tanto noções ou categorias intelectuais...
A verdadeira cultura é aquela que ilumina a mente, faz seu pulsar o coração
e torna-se encarnado no cotidiano.
A real singularidade do fenômeno cultural de "inundação" reside
no fato de que não é a obra de um gênio ou uma elite de estudiosos. É um fruto
da cultura da unidade vivida por um povo que fez do testamento de Cristo
"que todos sejam um" (cf. Jo 17, 21), ideal de vida.
Comunhão e Direito
Comunhão e Direito nasceu em 2001 e é o diálogo do
movimento dos Focolares com a cultura jurídica, feito por estudiosos e
profissionais do direito em diferentes partes do mundo, que estão ligados entre
si.
Em 2005, no primeiro Congresso Internacional "relacionamentos
em direito: a quantidade de espaço para a fraternidade?" foi aprofundada a dimensão relacional no
direito e, se verifica se –sobre esta base- é possível viver os relaçionamentos
jurídicos com o espírito de fraternidade.
Numerosos os testemunhos apresentados em várias áreas
(civis, penais, administrativas, etc) que confirmam que o princípio da
fraternidade ilumina a interpretação e a aplicação da norma jurídica.
Em 2009 se aprofunda a relação direito-justiça.
Mais tarde, em 2011, o estudo e a pesquisa se ampliam com o novo tema "dignidade
humana, relacionamentos, direito".
A iniciativa de Comunhão e Direito desenvolve-se em
vários países em dois níveis, no plano da praxis inspirada na fraternidade das
atividades diárias realizadas pelos operadores da justiça em diferentes
ambientes jurídicos, salas de aula para tribunais, escritórios de advocacia e
administração pública, a nível científico na pesquisa doutrinária em diálogo
com as várias instâncias da cultura jurídica atual.
Nesta linha de atuação Comunhão e Direito reconhece que a
contribuição de idéias e experiências, dadas por cada um, é único e
insubstituível.
[2] Em ordem cronológica, eles são precedidos por quatro outros diálogos envolvendo
várias realidades institucional e social: a Igreja, as realidades eclesiais
cristãs, outras religiões e pessoas de convicções não religiosas.
A seguir o texto
original em italiano.
As sugestões para
alteração da tradução podem ser enviadas através do blog, facebook ou e-mail
(pierre@pierrejuridico.com).
Le
"inondazioni" del Movimento dei Focolari[1]
Definizione
Tra i dialoghi che il Movimento dei Focolari porta avanti vi
è quello con la con la cultura
contemporanea intavolato con i diversi ambiti del sapere e del vivere umano
da parte del Movimento dei Focolari su ispirazione di Chiara Lubich [2], dove
cultura ha il significato ampio di tutto quanto è riflessione sul fare e sul
pensare umano, sulla sua storia e sulle prospettive del suo futuro. Un dialogo
non fine a se stesso, ma che vuole condividere con uomini e istituzioni del
nostro tempo i valori in cui crediamo e che viviamo.
Perché ciò sia
possibile, occorre cogliere e interpretare le attese e le sfide della società
di oggi.
Fin dagli
inizi della sua esperienza, Chiara Lubich intuì che il carisma ricevuto era una
risposta anche per questo periodo storico: nella sua universalità e profezia,
avrebbe potuto influenzare e risanare le varie realtà umane, compresa la
cultura nelle sue diverse espressioni e discipline.
Fin dal 1950
Chiara intravedeva che l’Opera che da lei stava sorgendo, avrebbe avuto tre
fasi di sviluppo, che con fantasia contraddistinse col nome di tre località:
Assisi, Parigi, Hollywood. Assisi, la città del carisma, dell’illuminazione;
Parigi, la città dello studio, della ricerca e dell’elaborazione culturale;
Hollywood, il simbolo della manifestazione e dell’annuncio.
Ma è solo
negli anni ’90, con la nascita della Scuola Abbà (un ristretto gruppo di
esperti nelle varie discipline che riflette sulle prime intuizioni del carisma
di Chiara), che questa potenzialità dialogica sboccia, si articola e comincia
ad enucleare un pensiero. È così che nasce nel Movimento dei Focolari un
“quinto dialogo” conosciuto anche col nome di “Inondazioni”, termine ispirato
da una analogia di Giovanni Crisostomo che parla della sapienza cristiana come
di un fiume che pian piano inonda beneficamente le cose umane.
Il 7 maggio
1998 è considerata la data di nascita ufficiale di questa realtà, perché in
quel giorno, Chiara, durante un viaggio in Argentina e Brasile, scrisse una
lettera all’intero Movimento sparso nel mondo. In essa specificava che le due
realtà sociali nate fino ad allora, l’Economia di Comunione (1991) e il
Movimento Politico dell’Unità (1996) erano azioni sociali e politiche, dalle
quali stava nascendo una cultura nuova, capace (una volta formulata e
consolidata) di mettersi in dialogo con la società contemporanea, e alle quali
sarebbero seguite altre spontanee aggregazioni, fiorenti dai vari mondi
professionali.
Quella
profezia si realizzò in breve. Nel 1999 nacque l’inondazione dell’Arte, nel
2000 quella della Comunicazione, e poi via di seguito quella della Psicologia,
della Pedagogia, della Sociologia, della Medicina, del Diritto, dell’Ecologia,
dell’Architettura e quella dello Sport... Finora sono dodici.
Con quali
strumenti si opera? Quelli normalmente utilizzati: congressi, seminari,
incontri di studio, scambi d’esperienze professionali... Però con due novità:
anzitutto la ricerca delle consonanze sui valori che il patrimonio culturale
delle varie discipline ha accumulato nei secoli, valori magari dimenticati e
soffocati da secoli di incrostazioni cerebrali, ma di cui la società oggi ha
particolarmente sete.
Poi, sul
significato del termine “cultura” che normalmente viene inteso in una accezione
riduttiva di studio e di ricerche specialistiche, spesso lontane dall’esistenza
concreta degli uomini e donne di oggi, il significato primario ed originale di
questa parola, secondo i più autorevoli dizionari, è quello di “progetto
esistenziale”. Quindi, non tanto nozioni o categorie intellettuali...
La cultura
vera è quella che illumina la mente, fa fremere il cuore e si incarna
nell’agire quotidiano.
La vera
singolarità del fenomeno culturale delle “inondazioni” sta nel fatto che non si
tratta dell’opera di un genio o di una élite di studiosi. È un frutto della
cultura dell’unità, vissuta da un popolo che ha fatto del testamento di Cristo
“che tutti siano uno” (cf. Gv 17, 21) l’ideale della vita.
Comunione
e Diritto
Comunione
e Diritto nasce nel 2001 ed è il dialogo del Movimento dei Focolari con la
cultura giuridica, attraverso studiosi e operatori del diritto presenti in
diverse parti del mondo che lavorano collegati in rete.
Nel
2005 nel primo Congresso internazionale “Relazionalità nel diritto: quale
spazio per la fraternità?” viene approfondita la dimensione relazionale
nel diritto, e si verifica se – su questa base - è possibile vivere i
rapporti giuridici con lo spirito di fraternità.
Numerose
sono le testimonianze presentate nei diversi ambiti (diritto civile, penale, amministrativo
…) che confermano che il principio di fraternità illumina l’interpretazione ed
applicazione della norma giuridica.
Nel
2009 si approfondisce il rapporto legge-giustizia. Successivamente nel
2011 lo studio e la ricerca si allargano con il nuovo tema “Dignità umana,
relazioni, diritto”.
L'iniziativa
di Comunione e Diritto si sviluppa nelle varie nazioni su due livelli, nel
piano concreto con prassi ispirate alla fraternità nelle attività
quotidianamente svolte dagli operatori di giustizia nei diversi ambienti
giuridici, aule di Tribunali, studi legali e pubblica amministrazione, a
livello scientifico nella ricerca dottrinale in dialogo con le varie istanze
della cultura giuridica attuale.
Su
questa via Comunione e Diritto riconosce che il contributo di idee ed
esperienze dato da ognuno è unico e insostituibile.