sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Comunhão e Direito



Comunhão e Direito é uma corrente de doutrina jurídica que caminha à luz do carisma da unidade de Chiara Lubich. Esta doutrina quer oferecer uma contribuição teórica e a prática do relacionamento, ajudando a levar o direito a atuar como real restaurador da justiça, da paz e da fraternidade universal. Busca o aprofundamento doutrinal e o diálogo com as instituições e o mundo acadêmico na área da cultura jurídica. 
Comunhão e Direito constitui-se por grupos de estudiosos e profissionais do direito, presentes em diversas partes do mundo. Procuram trabalhar para a atuação da justiça e uma renovação profunda no campo jurídico, legal e judicial, instaurando novos modos de comportamento e de relações jurídicas, procuram percorrem um caminho que consente sanar as múltiplas rupturas que agridem os relacionamentos e, ao mesmo tempo, garantir a comunhão, salvaguardando a identidade dos indivíduos.
Relacionar-se com o espírito do carisma da unidade no âmbito do direito. Interpretar e aplicar a lei de forma justa com base nos direitos fundamentais e constitucionais, tendo a fraternidade como categoria jurídica e como elemento de referência nos relacionamentos.

Os grupos de Comunhão e Direito buscam encontrar-se periodicamente para uma troca de idéias, experiências e novas compreensões, num clima de amizade, respeito recíproco e partilha.
"A intenção é oferecer uma contribuição cultural do carisma da unidade, mas na abertura ao diálogo e através de argumentos que possam se tornar ponto de encontro"
" l’intento è offrire un contributo culturale dal carisma dell'unità, ma nell’apertura al dialogo e attraverso argomenti  che possano diventare una via d’incontro."  Maria Giovanna Rigatelli

Um destes argumentos é a fraternidade visto à luz do carisma de Chiara Lubich: 
"A Fraternidade permite compreender e assimilar o ponto de vista do outro, de forma que nenhum interesse, nenhuma exigência sejam ignorados. Ela reconstrói o tecido social e confere novos significados à liberdade e à igualdade... permite aproveitar e valorizar experiências humanas que, de outro modo, poderiam levar a conflitos irrecuperáveis. (....) consolida a consciência da importância dos organismos internacionais e dos processos que almejam superar barreiras e alcançar novas etapas em direção à unidade da família humana."  Chiara Lubich, trecho do discurso aos parlamentares italianos, Palazzo San Macuto, Roma, 15/12/2.000

Os princípios de liberdade e de igualdade, traduzidos no plano jurídico, reforçaram os direitos individuais mas, se neles falta a fraternidade, não são suficientes para garantir os relacionamentos e vida das comunidades. O Congresso se propõe a indagar como a fraternidade pode inspirar novas maneiras para os comportamentos e as relações jurídicas” Congresso Castelgandolfo, Roma – 2005

Os crescentes conflitos que marcam a convivência humana em vários níveis exigem a busca de novas formas de relações entre as pessoas, que favoreçam a comunhão. A iniciativa de Comunhão e Direito se desenvolve em dois níveis. O primeiro se refere ao empenho no plano concreto das atividades dos profissionais do direito, nos diversos âmbitos jurídicos, legais e judiciais, para instaurar nelas uma práxis das relações inspirada pela fraternidade. O outro nível é o do estudo e da pesquisa no plano doutrinal, voltados aos fins previstos e conduzidos em espírito de diálogo com as diversas instâncias da atual cultura jurídica.

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